Coração



Que fazer com o pingente,
quando a corrente
perde um elo?


Renata de Aragão Lopes

* Canção noturna *



o homem

da rua sem poste

esgueira-se do dia

tatua no corpo

o sol da meia noite

sombra estirada

na lápide do lume


olhos que veem

mãos que apalpam

sem a clarividência do sol

sem o estrondo do cotidiano

o homem da rua sem poste

há de viver cem (sem) anos


Úrsula Avner

* Esse poema foi postado no meu blog há um tempo atrás e hoje resolvi postá-lo aqui no Maria Clara... Um abraço a todos e todas.