Há...
...aqueles que escrevem
arrematando a alma
fio a fio
que transformam buracos negros
em vertigens para se entrar e sair
a bel prazer
os que traduzem, recortam
fazem colagens dadaístas
sopas de letrinhas
que me silenciam pela perfeição
ou me desandam a falar
pela compatibilidade
de nossas vidas desgarradas.
Morro e nasço todo dia
em frases de tantos
[sinto alguns lado a lado
eu mesma, não sei o que faço
além de cuspir e alinhavar
fiapos.