skip to main |
skip to sidebar
há um azul abstrato
que se deita na claridade
ora discreto cordato
ora repleto de vaidade
azul que lateja entre estrelas
sobeja no mar á luz do sol
azul da chama de muitas velas
da luz que emite o farol
o azul das veias constrange
em dias azulados de inverno
um olho azul petrifica o instante
o corpo azulado fica quente e terno
a pétala azul é poliglota
a geleira azul da montanha o sabe
o azul do jeans que desbota
cobre as águas em contornos de ave
a língua azulada saliva
o amor que ficou no azul
do tempo do breve momento
do vagão que leva hálito sedento
É azul a cor de dentro
Úrsula Avner
* imagem do google- sem informação de autoria