o homem
da rua sem poste
esgueira-se do dia
tatua no corpo
o sol da meia noite
sombra estirada
na lápide do lume
olhos que veem
mãos que apalpam
sem a clarividência do sol
sem o estrondo do cotidiano
o homem da rua sem poste
há de viver cem (sem) anos
Úrsula Avner
* Esse poema foi postado no meu blog há um tempo atrás e hoje resolvi postá-lo aqui no Maria Clara... Um abraço a todos e todas.
16 comentários:
Acabei de sorrir lendo o último poema do seu blog e, agora, vc me vem com mais esse. Seu trato com as palavras é impecável, Úrsula!
Beijos.
Oi Lara,
obrigada por sua presença sempre atenta, agradável e gentil. Bjs,
Úrsula
Oi Úrsula!
Esse seu post de hoje tem um ar de mistério e segredo muito instigador. Adorei!
bjs
Nisso é que dá a gente ter pouco tempo para o que gosta de fazer. Só hoje descobri seu blog, graças ao link da Nina Rizzi. Andei bobeando.
Beijo!
E valeu a pena...lindo, lindo. Gosto bastante desse poema. Beijo.
Que delícia de poema, Úrsula!
O homem da rua sem poste, sem a clarividência do sol há de viver (sem) anos)
Simbologia estupenda!
Fantástico!
Beijos
Mirze
Úrsula,
tantas vezes me surpreendo com vc....esse poema é um luxo em léxico...viste?
Me vi vagando em seus versos...
Tento ainda contar com o brilho da lua...
Lindos versos como sempre
abraço
Oi Albuq,
De fato o mistério é a tônica do poema em questão... Obrigada pela visita e gentil comentário. Um abraço ;
Oi Dade,
agradeço o carinho de sua visita e fico feliz que tenha apreciado o poema e o meu blog de poesias. Grande abraço ;
Oi Adriana,
Fico feliz que tenha voltado e agradeço seu amável comentário. Contenta-me que tenha apreciado o poema. Bj ;
Olá Mirse,
Seus comentários são sempre adoráveis. Obrigada por sua presença terna em meus espaços virtuais. Bj ;
Oi Karnal,
Suas observações sobre as questões linguísticas dos poemas são sempre interessantes e acrescentam muito ao meu pequeno conhecimento. Quando escrevo não penso nessas questões, apenas dou vazão ao que vem na hora e depois vou burilando os textos. Bj e obrigada pelo carinho ;
Oi Juan,
Agradeço seu gentil comentário. Que bom que apreciou o poema. Grande abraço,
Úrsula
Poema lindo ! Escuridão iluminada dessa "rua"... Adoro o que escreves !!!
Oi Márcia
muito obrigada por sua vsita e carinhoso comentário. Bj,
Úrsula
buscar outros elos, outras correntes não prissões
Poema que nos envolve com ares de mistério suscitando o desejo de desvendá-lo. ;)
Beijos
Belíssimo poema, Úrsula.
Sua poesia sempre nos ilumina, especialmente quando estamos sem luz própria...
Um beijo com carinho,
H.F.
Oi Ediney e Lou
Obrigada pelo carinho da visita e gentileza d comentário. Um abraço,
Oi Hercília,
Fico feliz que tenha apreciado o poema e saiba que sua luz poética permanece a nos iluminar também... Bj,
Úrsula
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