O último bonde, Sandra Nunes
O tempo impreciso, necessário
Anda às voltas – turbilhão;
Deixa rastro de estrelas
Todas idas nalgum bonde
Caleidoscópica estação.
As cidades iluminadas
Mais parecem lá do alto
Liturgia, profissão;
Arrebentam todo dia
Os que acordam em romaria:
Bando de arribação.
Ecoam pelo sagrado
Medos, martírios, brinquedos
- Marionetes de colisão:
Há na fugacidade
Uma gente dissonante
Passos simples, claudicantes
Que se vinca em contramão.
Lou Vilela
in Nudez Poética
6 comentários:
Oi Lou,
sempre poesia da melhor qualidade... Bj.
Belíssimo...
abraços!
Lou
Lindíssima poesia, minha amiga!
E a musicalidade perfeitamente nos trilhos!
Bj grande
PS: a tela é igualmente bela.
Lou,
vc se supera, menina....adoro o verbo "claudicar",rs
Linda demais sua crônica poética!!!
Beijos!!!
Depois vou te visitar no Nudez Poética
Caríssimos,
Agradeço a todos pela apreciação do texto.
Um forte abraço,
Lou
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