I - ...
súbito bate a dúvida:
paixão é dádiva,
paga devida,
vocação atávica
ou dívida de (outra) vida?
II - VADE MECUM
vá, antes que amanheça
vá, antes que eu me despeça
ande, vá logo, desapareça
que é pra voltar mais depressa
II - INSTINTO
vem lá do fundo
do mais íntimo labirinto
este sentimento brut-nature
maduro, ex_tinto
.
Diário de Bordo para Professores Estressados
-
Oi Pessoal A profissão de professor pode ser desafiadora, cheia de pressão
e expectativas. E com minha viêencia com a Depressão e ansiedade, pensei em
você...
Há 9 horas
11 comentários:
Oba, voltou com tudo!
O poeta Fabio Rocha já até citou seu primeiro poemeto no blog dele.
Beijos!
Beleza do começo ao fim.
Oi Maria Paula,
sua habilidade com as palavras e seus significados vários, é notória. Bela escritra poética. Bj.
Não poderia perder esse trio, a todo vapor!
Beijos, flor de formosura.
Que lindo! Já estava com saudades daqui, essa força e sutileza que só encontro em uniVersos femininos.
Beijos, for de flormosura HAHA'
as libações da espera meditam comigo
Com o destino traçado pelas vinte estrelas de Tique me disse Dice
As rosas, lírios, violetas, íris, jacintos e narcisos atapetam-lhe o chão
E cré com cré, lé com lé, nos losangos do centro do corpo humano
Coração e ventre nos vértices se unem, ondeiam, oscilam e dançam
Com precisão imaculada o fumo serpenteia a evolar-se das fornalhas
Enquanto na cella espero instruções da Mestra Sacerdotisa contemplo
É maior o meu respeito se na libação executo o mister da concentração
Recatado estou perante ti, ó divina feita mulher por cuja sede me meço
E teço exemplo sem ilusão mas que com a arte exímia exerço e adestro
Que a honra seja trinta e seis vezes superior à de qualquer outro escriba
Pois servir-te é merecer teu afago e desfrutar de tua vista e fala e sentir
E estar enlevado na partilha do fumo celeste pelo mesmo bocal leonino
E saber a luz que há na voz e escutar teu canto pelas minhas argilas lido
Minhas placas de alabastro esculpidas no estilete do rigor de tua ordem.
Quando a Lua cheia de teu nome transforma o sonho em vida real o rio
Devolve ao céu a tua silhueta de alambre e ambrosia que nele mais és
Mais ondulas e abrilhantas espigas e cintilas nas verdes folhas da hera
Essa que teceu a rede onde foram aprisionados os titãs primitivos infiéis
Masmorra dos descrentes a quem nunca será dada honra de argonauta
Nunca poderão negociar nem viajar entre o céu e a terra nem venerar-Te
Mesmo que suas raízes nasçam nos témenos que sejam tua propriedade
Pois nunca delas a flor brotará nem o ciciado murmúrio das ocarinas
Eflúvios chamamentos suspirados entre sonhos do mel apreciado bebo
Sorvo lânguido do bocal sobre o qual antes teus lábios disseram prece
E nada fica agora que obstrua a cristalina seiva do ser no libado vigor.
Estrela Inanna ladeia teu sucumbir perante a luz de Arina se amanhece
Porém não há batalhas divinas mas respeito e contemplação ordenada
Que quando Arina elucida todas e todos, ar, fogo, terra, água obedece
E lúcida é a alma que sabe e reconhece ser seu mister e a quem pertence
A voz rasga os véus e sopra vontades aos ouvidos acautelados e fiéis
Que ao oficio de dizer é inerente o acto se a fala no nome apenas se exala
E inala Inanna os eflúvios do meu pote enquanto espero se Shara chama.
A chama que é Shara e aquece o Lar pernoita também quando Arina dita
Sua cor aos quatro cantos do mundo pois o canto é luz de quem acredita.
Oi Maria Paula,
lindo do comço ao fim, muito bom!
Lindo, Maria Paula!
Saudades dos teus belos versos!
Do princípio ao fim, de uma beleza e singularidade ímpar!
Parabéns pela bela postagem!
Beijos
Mirze
Que poema(s)!
Parabéns, gostei das pequenas doses sinceras. Bom pra hoje!
Oi, Paula!
Estava com saudades de 'te ler'.
Bjs
Adorei o post, Maria Paula.
Seus poemetos são sempre sensíveis e inteligentes, nos levam a brincar com a palavra-poesia e, a partir dessa experiência, ressignificar os afetos, a própria vida.
Bela seleção, amei!
Beijos,
H.F.
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