e agora, Maria?
não tem mais José
nem teogonia
rompeu-se o anel
da monogamia
e as luas de fel
de parca alegria
( pois é, quem diria...)
você que é tantas
tão cheia de graça,
agarre-se ao tantra
a vida é trapaça
qual queima de estoque
das casas Bahia
avance, tropece
(trespasse, vadia)
sozinha no escuro,
supere, só_ria
a palavra é prata,
silêncio, de ouro,
a lavra te cobre
( te resta a poesia)
bendita Maria
que um raio a parta
conceda alforria
declare-se farta:
liberte-se
(ainda que tardia)
É agora, Maria.
.
6 comentários:
[onde está um mundo, lá estará toda a Maria... e agora? Esperamos senão por este, por outro dia]
um imenso abraço,
Leonardo B.
Simplesmente LINDO!
Maria Paula!
Eis um dos botões que você abriu!
Parabéns!
Beijos
Mirze
Maaria Paula, o diálogo entre MAria e José nã está nada bíblico. gostei dessa visão contemporânea dos gêneros.
bj
Maria Paula,
sou fascinada pelo tom irreverente de seus versos!
Beijo,
Doce de Lira
"liberte-se
(ainda que tardia)"
Adorei, Maria Paula!
Alegra-me muito ler a sua poesia, os versos transgressores nos faz vislumbrar um cotidiano de mulheres: suas representações, sentimentos e, também, (im)posições.
Texto criativo e rico em conteúdos. Parabéns!
Beijo,
H.F.
Seu texto nos brinda com perspicácia, conhecimento, humor... ;)
Beijos
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