Menina sem-terra, de Sebastião Salgado
nina rizzi
eu quero a poesia de unhas roxas de terra
dos sem-terrinha, mais pagagens que visagens.
da reintegração de posse: nossa história,
nós sujeitos a arremates, quiçá solturas.
dos sem-terrinha, mais pagagens que visagens.
da reintegração de posse: nossa história,
nós sujeitos a arremates, quiçá solturas.
o texto que grita o corpo meu e dele gasto
o que quiser, gosto, desinvasão.
ninsense, resoluta, ri-se
em ode, batê-lata, bicicletada:
os meus anéis, alegres, soturnos, te vão
feito de recuerdos, doces anelos mais que imposturas.
como aos colares, raimbows de nossa liberdade
(ou ao que disso cremos).
o meu poema é pra salvar menino.
(e menina também.)
*
11 comentários:
Que poema, Nina, que poema! E ainda com foto de Sebastião Salgado... Deus! Coisa mais linda...
Um abraço.
Muito bom, Nina!
Beijo.
a poesia salva...
E que salve! Salve o menino, a menina, o papai e a mamãe!
Salve os sofridos, que não merecem sofrer (e que não deveriam sofrer)...
Amei teu poema!!!
Beijos!
belas palavras...
Belo e intenso!
abraço
Belo Nina ! Poema de grande sensibilidade e beleza poética. Bj.
Oi Nina! Linda poesia, lindo olhar para o social, onde você chamou atenção da nação com poesia, arte, beleza e educação. Amei! bjs
"Poema para salvar"...
que lindo, Nina!?
Sua poesia tem cor/cheiro/sabor de liberdade.
Lindeza de versos, viu?
Beijos, minha querida.
H.F.
De arrepiar.
Tocante.
Bjo,
Talita.
Sem os mãos sujas, o que seria de nós?
Salvemo-nos, pois! ;)
Bjs
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