Miguel Gilbert.Flickr.2007
Museu de Bilbao.Espanha
Entre almas penadas
vaguei, arrastando correntes...
O verbo, canto solene,
a pena, meu instrumento.
Ouvi lamento do cárcere,
gemidos ao bailar do vento,
o grito abafado no açoite,
o ódio rangendo nos dentes.
A mistura rubro-negra
do sangue correndo na carne
coroou a tese racista
que impôs a barbárie.
Na imensa capilaridade da ignorância
- apesar das leis outorgadas -
perpetua-se mensagens subliminares,
reforça-se a discriminação velada.
Lou Vilela
Diário de Bordo para Professores Estressados
-
Oi Pessoal A profissão de professor pode ser desafiadora, cheia de pressão
e expectativas. E com minha viêencia com a Depressão e ansiedade, pensei em
você...
Há um dia
11 comentários:
Belíssimo, Lou!
Pelo estrato gráfico não imaginei o poema. Um lamento cuidadosamente lapidado em lirismo poético.
Parabéns, amiga!
Beijos
mirse
Belíssimo poema, Lou.
A melancolia, a riqueza contextual e formalidade no uso da linguagem apresentam-se em harmonia para compor um belo canto pela liberdade.
Bravo! Excelente estréia no "Simplesmente Poesia"!
Forte abraço,
H.F.
Lou,
que BELEZA de poema! Faço minhas as palavras da Mirze e da H.F., vc nos mostra em canto melancólico uma grande riqueza poética. Parabéns!
Grande estréia no Simplesmente Poesia. Obrigada!
Abraços,
Maria Clara.
Uau!!
"...Na imensa capilaridade da ignorância
- apesar das leis outorgadas -
perpetua-se mensagens subliminares,
reforça-se a discriminação velada."
Lou Vilela... Que poema bárbaro!
Sem palavras!! Ele por si só já diz tudo...
Bravíssimo mesmo!!
Abraços e minha admiração,
Taninha
Minhas queridas (Mirse, HF, Maria Clara e Taninha),
Agradeço pela gentileza de comentarem o texto. É muito importante - e também prazeroso - receber esse tipo de “feedback”!
Um grande abraço,
Lou
tem mais um Dardos para você no meu blog>abraços.
James,
nós lhe agradecemos pelo Dardos. O selinho já consta no Simplesmente Poesia.
Abraços,
Maria Clara.
Um poema com vozes que veem e olhos que escutam lamentos de dor de um tempo que até hoje permanece. Muito belo. Bj
Infelizmente, apesar de, permanece...
Obrigada por nos visitar, Adriana!
Beijos filosóficos,
Lou
Um poema cheio de sentimento, de melancolia e que faz pensar. Gostei imenso. Um beijo.
Graça,
Bom ler as suas considerações.
Beijos,
Lou
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