[na natureza tudo tem a tendência de se transformar e reivindicar a eternidade, quando é essa a sua vontade; todo o sopro da vida, permanece, não só enquanto dura, mas enquanto é recordado]
Lara! Tu dá o teu rabisquinho aqui, eu dou meu rabisquinho ali, outro lá e outro acolá e assim seguimos tocando a arte do escritor que se foi, pois, por mais insignificantes que sejam os nossos rabiscos, quero crêr que são necessários!
Uhm, que pintura maravilhosa, como é bom poder rever Van Gogh a mais de suas pinturas famosas. Então, para homenagear a partida de Saramago, ficou perfeito, meu tempo, minha tarde de domingo. Seu poema é bacana, é como se daquela árvore solitária partissem em revoadas os pássaros; tomados ao vento, ou submissos ao toque de recolher de mais um dia, ou assustados aos espreguiçar-se de algum predador imenso, ou naqueles galhos seres noturnos também repousam, ou quem pode saber, a natureza total e de cada um é tão complexa em suas formas de luz e sombra. Ou, que horror, tem-se um caçador fugido do conforto de seu lar, talvez mesmo este bobo apertou o dedo do gatilho sem querer, ou foi mesmo por querer acertar... Realmente, do mundo tudo se pode esperar, mas sempre dos inesperados eternamente esperamos uma renovação ou condenação; talvez por isso que nunca procuramos e nem é gentileza para ninguém condenar os culpados. Ahhhh, uhmmm, deixa eu fazer o almoço, estão servidas Marias Claras? E, voce, gatinha, pode me fazer uma salada, tem tomatinhas e alface americana na geladeira. Beijos e abraços e apertos de mão ou mesmo só o quiasma do olhar.
Acho que para gente como Van Gogh e Saramago, vale aquela frase feliz, "um artista não morre, fica ecantado". Teu poema é uma homenagem linda e delicada.
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40 comentários:
lara, o resto da tarde 'inda me está colado. sim, ensopa.
grande escolha, o van gogh.
beijos.
[na natureza tudo tem a tendência de se transformar e reivindicar a eternidade, quando é essa a sua vontade; todo o sopro da vida, permanece, não só enquanto dura, mas enquanto é recordado]
um imenso abraço, Lara
Leonardo B.
Não sei quem é melhor: Lara Amaral ou Van Gogh.
É pra se ler o dia todo!
Lara e Van Gogh: adorei!
Linda a tela, linda a poesia cheia de vida!
bem intenso e de uma dimensão criativa muito bacana, Lara. gostei muito muito. beijos. G
O vento verga as árvores,
o vento verga a tarde.
Os lençóis molhados
são nuvens de adeus.
Muito sensível o seu poema, Lara. A dor faz parte da nossa vida, para que a valorizemos.
Um beijo.
Lara! Tu dá o teu rabisquinho aqui, eu dou meu rabisquinho ali, outro lá e outro acolá e assim seguimos tocando a arte do escritor que se foi, pois, por mais insignificantes que sejam os nossos rabiscos, quero crêr que são necessários!
Um abraço!
↓
Laramaralgia!
:-(
Ah, Lara querida, fossem assim todos os rabiscos ...
Lindo poema! Sensibilidade em grau mais alto!
Beijo
pranteado de pratas e prantos, para pronto poema, perfeito
cheiro
Lara,
em prantos, o lençol.que coisa mais lindo...
Tempos difíceis vivemos...
Meu carinho!
Mais que perfeito, Lara!
Linda a escolha de VanGogh para olhar e chorar.
O lençol, mesmo pranteado, não é bobo. Lençóis e travesseiros sabem nossos mais íntimos segredos.
Ficar perto de sua dona, seria mesmo o melhor lugar.
Um dia....sempre..os poetas se eternizam.
Beijos, querida!
Parabéns!
Mirze
Lá se foi Saramago...
Prantear, derrete a dor da tarde apagada.
Lindo verso, amiga.
bjs
Ross
Apagando a tarde em poesia - prelúdio perfeito para acordes notívagos. ;)
Beijos
Oi Lara,
belo poema lírico ilustrado por bela imagem... Que mais posso dizer ? Perfeito. Bj,
Úrsula
chora a tarde dos olhos vermelhos que vincent amarelou.
é tempo de ensopar tecidos.
Tudo a ver com meu "Outono"!
Também lamento
a partida de Saramago...
Beijo,
doce de lira
Lara, qué enigmático pensamiento.
besos
Intrometido, hein, esse resto de tarde!?
Sabe que este teu poema tem jeito de pintura?
Abraços!
Recebes a noite sob as pratas da lua, embargada no teu pranto, em noite crua...
Profunda alma que entre poucas palavras exibe a sensibilidade tão bela e tão mansa...
Parabéns mocinha, gosto muito de tuas expressões.
Bjs
A Lara sempre me fascina...
Sempre surpreende...
As vezes me pergunto de onde ela tinha tanta força poética...
abraço e agradecido pelas visitas ao Rembrandt
um poema perfeito, lara, embora tão dolorido. um grande poema pequeno, daqueles tipo bala certeira - direto no peito. beijos.
Lindo curto, Lara.
Profundo e belo poema, simultaneamente. A tela de Van Gogh contribui para expansão das paisagens tardias, aquelas que ardem intensamente...
Parabéns, amei!
Beijos,
H.F.
Larinha, estou perdido em sp mas nao perco seus versos.
Beijos
Larinha
E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
Quantas tardes apagamos nos nossos lençois pranteados...
Lindos versos tristes!
Bj grande
Lara, que poema tão lindo, triste, delicado, verdadeiro em seu pranto...
um beijo
delicado sim esse poema Larissa
essas palavras devem repousar na folha para que ela se renove sempre em si....
um beijo e obrigada pelas palavras
um dia o sol se põe
todos os dias.
belo poema
Lara,
Um dia de tarde, apagado, virá um belo poema.
Combinação perfeita: Lara e Van Gogh.
Beijis
Uhm, que pintura maravilhosa, como é bom poder rever Van Gogh a mais de suas pinturas famosas. Então, para homenagear a partida de Saramago, ficou perfeito, meu tempo, minha tarde de domingo.
Seu poema é bacana, é como se daquela árvore solitária partissem em revoadas os pássaros; tomados ao vento, ou submissos ao toque de recolher de mais um dia, ou assustados aos espreguiçar-se de algum predador imenso, ou naqueles galhos seres noturnos também repousam, ou quem pode saber, a natureza total e de cada um é tão complexa em suas formas de luz e sombra. Ou, que horror, tem-se um caçador fugido do conforto de seu lar, talvez mesmo este bobo apertou o dedo do gatilho sem querer, ou foi mesmo por querer acertar... Realmente, do mundo tudo se pode esperar, mas sempre dos inesperados eternamente esperamos uma renovação ou condenação; talvez por isso que nunca procuramos e nem é gentileza para ninguém condenar os culpados.
Ahhhh, uhmmm, deixa eu fazer o almoço, estão servidas Marias Claras? E, voce, gatinha, pode me fazer uma salada, tem tomatinhas e alface americana na geladeira.
Beijos e abraços e apertos de mão ou mesmo só o quiasma do olhar.
A tarde é um mistério psicológico,
como os seus versos ensopados de lirismo e alta poesia.
Beijos, menina Federal.
lara,
que retrato maravilhoso!
triste,
mas belíssimo.
um sentimento.
grande beijo!
Acho que para gente como Van Gogh e Saramago, vale aquela frase feliz, "um artista não morre, fica ecantado". Teu poema é uma homenagem linda e delicada.
Beijos.
No avanço do dias o choro apaga-se, mas não as lembranças dos seus ditos! bjs moça e boa homenagem!
Apagas o resto da tarde, sim, sei!Lembro bem que tua aurora é o luar!
Beijo moça =)
lindo rabisco na tarde molhada...
beijo
permeado de sentidos, plenamente sentidos.
amei
lara, nina e van gogh uma trio perfeito para minha solidão.
Gostei tanto desse poema, Lara. Algo que de mim se alimenta escondeu-se de esgueio em teus versos. bj. jorge
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