
Filho,
de todos, você é
meu melhor poema.
O único pronto, acabado,
de que não tiraria um ponto sentado,
uma exclamação em salto ou mesmo um trema.
Você é a poesia de que fiz a caligrafia em papel de seda...
A única que diz o que há bem lá no ventre de mim
e que carrega, assim, em voz entonada,
minha maior interrogação:
_ A vida seria em vão?
Pelo não, obrigada,
filho!
Renata de Aragão Lopes
Soneto blavino publicado no Doce de Lira,
em homenagem ao dia das mães,
em 7 de maio de 2009.
Fotografia minha.