René Magritte
tresvario em dois momentos
como cruz e como trave
como cruz, credo, sou treva
quando travo, extravio
( surreal)
aquiesço em duas escolhas
ora soma, ora mente
quando somo(s), sou e_terno
quando minto, a(s)cendo o sol
inquieto em duas esquinas
de frente e pelas costas
se enfrento, desmascaro
se costeio, desamparo
esquivo em dois esquetes
feito musa e feito asas
feito musa, só seduzo
feito asas, sou usado
equivoco em dois esquadros
a moldura e o espelho
sou moldura quando enquadro
e espelho se reflito
sou divino em dois momentos
como anjo e como pássaro
sou anjo quando me_nino
sou pássaro quando mar_manjo
( sou real)
* Exercício inspirado em obras de René Magritte
8 comentários:
Felizes os artistas que usam seu dom para tomar seus pensamentos e ações visiveis.
Bjs.
Belissimo post.
Ficção e realidade dependendo de qual eu fala, escreve e lê...belo poema!
ns
Um poema perfeito, Maria Paula.
Beijo.
Imagem e poema em momentos de grande delírio!
Bravíssimo!
Beijos
Mirze
nINA QUE LINDO, IMAGEM, POESIA, REALIDADE... FICÇÃO... adorei. belo
cuidadoso e sutil
tão belo poema
queira me visitar:
http://jaquemerestaumpardedentes.blogspot.com/
Lindo poema, Maria Paula.
Seu grito dobrado transmuta surrealismo em realidades possivelmente críveis, tangíveis...
Belo post, parabéns!
H.F.
Belo exercício, Paula! ;)
Beijos
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