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Para Ana Maria Veloso*
Adormeceu na presença
de velhos fantasmas.
O açoite dos pensamentos
fez o corpo em flagelo
exalar o cheiro putrefato:
entre a flor e o falo
o inquietante amanhã
e as horas que se acumulam
como o lodo sobre as pedras.
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* Ana Maria Veloso é jornalista, empreendedora social Ashoka - organização mundial sem fins lucrativos, pioneira no trabalho e apoio aos empreendedores sociais -, doutoranda em comunicação pela UFPE, professora da Universidade Católica de Pernambuco. Em sua militância na área social registram-se ainda passagens pelos Fórum de Mulheres de Pernambuco, Fórum Pernambucano de Comunicação, Coletivo Intervozes de Comunicadores(as) Sociais, Sinos - Organização para o Desenvolvimento da Comunicação, dentre outras entidades e movimentos sociais (biografia gentilmente cedida pela jornalista).
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22 comentários:
Maravilhoso e expressivo poema. Justa homenagem. Parabéns às duas. Bj
Que tela e que poema!
Vc vai fundo na expressão poética, Lou! Domina mesmo.
Beijos e boa semana para todas as mocinhas queridas do Maria Clara.
Belo poema, Lou.
Coincidentemente, ontem estava revitalizando algumas leituras sobre "relações de poder entre gênero" (Joan Scott) e seu texto traz à baila aspectos sobre inconsciente coletivo e história das mulheres.
Lindo post, minha querida. E a homenagem mais do que justa.
Parabéns pela fortuna de seus trabalhos!
Beijos,
H.F.
Maravilhoso, Lou!
Detalhes em foto e tema que se intertextualizam com sua poética que já é genial!
Parabéns!
Beijos
Mirse
Coube desse estado d'alma o desabrochar, approach. Abraço.
Dri Godoy,
A homenagem é mais que justa mesmo. As estatísticas sobre violência contra a mulher são assustadoras. A jornalista Ana Veloso é uma das militantes do Fórum de Mulheres de Pernambuco.
Beijos e obrigada pelas considerações.
Larinha,
Também adoro essa tela! ;)
Quanto ao domínio, vejo-me como uma eterna aprendiz.
Beijos, minha cara, e uma excelente semana pra ti também!
Hercília,
Como sempre, um olhar atento...
Eu que agradeço o rico comentário.
Beijos
Mirse,
Agradeço o gentil comentário e o carinho.
Beijos
Assis,
Feliz com a sua presença!
Abraços, meu caro!
Lou
O medo nunca foi proteção, muito pelo contrário, vulnerabiliza mais ainda!
Liiiindas palavras e merecida homenagem para quem vivencia o dia-a-dia da violência contra a mulher!
Parabéns as duas!
Belo post,
Bjs
Obrigada, Wania!
Beijos procê também
Poema forte e amargoso - que eu trago de goela boa.
Parabéns, Lou!
Henrique,
Infelizmente(?), alguns sabores são amargos.
Obrigada pela presença, meu caro!
Ando em falta com a leitura daqueles que admiro (problemas de saúde na família), mas assim que possível, retomo as visitas.
Beijos
"Adormeceu na presença
de velhos fantasmas.
(...)
O medo nunca foi proteção."
Decerto que não.
Ele os amplifica.
Parabéns, Lou!
Um beijo!
Oi Lou,
profundo e belo poema como é do seu estilo ! Rica homenagem. Bj.
Complemento perspicaz, Renata!
Beijos
Oi Úrsula,
Espero que tenha aproveitado as férias e que o "ócio criativo" tenha contribuído para que você nos brinde com mais uma safra de belos poemas.
Beijos
Mais que desassossego, é reflexão sobre o que nos rodeia. Acusativo.
Voltarei.
Gostei imenso.
Um bjo, Lou!
Boa semana.
Seja muito bem-vindo, Akhen!
Abraços
Uma excelente semana pra ti também, Talita!
Beijos
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