Imagem de Lilia Susana Alvarez Proença
já ousei desejar
a palavra certa
para uma poesia definitiva.
ainda que fosse capaz,
o que me restaria depois disso?
é pela incompletude
e suficiência fugaz da palavra
que a poesia salva
: é ponte de luxo
sobre abismo e caos.
: é cais dourado
beira-mar revolto.
29 comentários:
Adiantei em alguns minutos a minha estréia. Meu relógio já marca meia-noite, mas o google parece atrasado... rs.
Agradeço a oportunidade!
Um beijo antecipado a todos que vierem!
Talita,
que maravilha de poema você traz ao Maria Clara!?
Seu texto é lírico, é didático, é metalinguagem, posto que reflete noções correntes sobre o ato de criação e, com isso, convida o leitor à análise de seus valores. Enfim, como costumo dizer, poema abundante em linguagem, valores e lirismo. O resultado não poderia ser outro = BELO!
Excelente estréia, minha querida. Parabéns!
Quanto à antecipação do seu post, Talita, não se preocupe. É que o fuso do blog é nordestino, logo não obedece ao horário de verão...
Sinta-se muito bem vinda entre nós, meninas da maria clara.
Um forte abraço,
H.F.
não podia ser diferente ,eu tinha certeza e compro muito bom trabalho fico orgulhoso por você.parabéns
Lindo Talita!
A poesia nunca é definitiva... resta-nos muito a ser salvo, felizmente!
Bela estréia no Maria Clara, parabéns!
Bjão
PS: tb me antecipei no dia da minha postagem, esqueci que o Nordeste não segue o horário de verão!!
Oi Talita,
Belíssima estréia ! Aprecio muito o seu estilo de escrita e certamente você sabe disso. Seu poema é de um lirismo profundo e envolvente, com belas metáforas... É poesia que toca a alma, do jeito que eu gosto de ler e me deleitar. Bj,
Úrsula
Talita querida,
que estreia fabulosa!
Um poema-lição.
Realmente,
"é pela incompletude
e suficiência fugaz da palavra
que a poesia salva".
A poesia é, sim, redentora,
porque nos ensina
inexistirem palavra certa
e verso definitivo.
Que sigamos, assim,
em uma busca
sabidamente infinda...
Um beijo,
doce de lira
Linda estréia Talita.A poesia somos nós, com nossos gritos loucos,com nossa respiração ofegante, com nossa incompletude, seres tão fugazes. Que lindo salvamento ela nos trás. Tua percepção me encanta. Bjs
Seu trabalho encanta justamente por esse olhar, amiga de Sophia! Bela estreia!
Beijos
Bem-vinda à nossa "ponte de luxo"!
Adorei suas figuras poéticas e a imagem também.
Beijos, Talita!
Talita, seja bem vinda a esse espaço tão precioso. Seu poema traz uma verdade incontestável e belez também. Bela estreia. Parabéns a você e a HF por tê-la trazido. Beijos.
seja bem vinda, talita e parabéns pelo poema, gosto disso a contra e justa posição, o caos e o mar...
xêro, nêga.
Passei por acaso. Gostei imenso. É o que eu chamo de:
"É em metade dizer tudo inteiro"
Voltarei.
Muito bom!
Parabéns!
Muito bom, Talita. Gostei. É metalinguagem com muita poesia. O problema de se fazer metalinguagem é o poeta esquecer de fazer poesia. Não é o seu caso. Parabéns.
Beijo.
Como é sublime a essência das palavras... Como é bom ler boa poesia...
Tudo de bom,
Samuel Pimenta.
Talita!
Em um lirismo de absoluta delicadeza, mas numa linguagem sifnificativa, Você Fez sua estréia, trazendo a todos, a certeza que a poesia se faz pela incompletude. E a compara com a ponte.
Belíssima imagem!
Parabéns e seja sempre bem vinda!
Beijos
Mitse
Vc. tem esse jeitinho só seu de inserir indagações filosóficas nas certezas poéticas... Boa sorte nesse seu novo espaço! Um beijo!
Com o pé direito.
Cara Hercília, meu agradecimento "público" pelo convite e pela confiança. Obrigada pelas verdades (nitidamente sentidas por mim) das tuas palavras. Outro forte abraço!
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Mateus, que gentil! MUITO OBRIGADA, viu? Um bjo!
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Wania, doce de mulher, muito grata por tuas boas-vindas! Bjo outro!
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Úrsula, obrigada, psi-colega! Que seja sempre um deleite, essa Poesia que nos salva. Um bjo!.
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Re, amiga, "fabulosa" vindo de você fica FABULOSA aos meus olhos, quase com luz-neon! rs. Obrigada, querida! Obrigada por tudo... Um bjo!.
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Jackie, linda complementação! Compartilho dela também! Obrigada por tamanha gentileza. Um bjo!
Lou, obrigada! Que eu faça jus a essa amizade com a Sophia! Bjo!
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Larinha, sim: nossa ponte de luxo! Nosso cais dourado! Bjos pra vc tb. Obrigada!
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Adriana, cara: obrigada pelas boas-vindas! Bjo!
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Nina, obrigada, viu? Outro xêro.
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Akhen, obrigada! Volte sempre que lhe aprouver... Bj!
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Henrique, muito obrigada. Bj, poeta.
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Grande José Carlos, que feliz por teu comentário! Obrigada! Um forte abraço!
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Samuel, que bom ouvir isso! To feliz! Obrigada. Um bjo!
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Mirse, sou grata pela gentileza e pela acolhida! Um bjo.
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Paulo, sigo sempre indagando... rs. Obrigada pela partilha! Um bjo, querido.
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Ti, thank you! ;) Bjo, macros.
A poesia salva-se pela ousada ousadia dos que escrevem só com o olhar, dos que dizem sem nem levantar a cabeça... do querer sem querer! Amo-te e desejo-te aqui sucesso!
Só tem escritora boa aqui... bjs.
Muito bem colocado, guria, gostei!
Tem um pouco do que eu mesmo escrevi há alguns dias:
http://www.edutrindade.com/2010/01/do-viver-impreciso.html
Afinal, que graça tem o "definitivo" ante a imensidão do "impreciso"?
Abraços!
Assino embaixo. A poesia é sempre faltante para que exista.
Gostei desse cantinho só de mulheres mulheres.
a poesia é a bomba que não mata, mas seus efeitos perduram pelos tempos.
um forte abraço
Lisa
Talita, eu acho q é bem por aí mesmo, ela nos desperta, nos salva, vou escrever aqui um poema do Quintana, que diz bem o que acredito, o poema é assim:
Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela
abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
para que possas, enfim, profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.
(Emergência, Mario Quintana)
Talita, ousar a poesia sempre, é nos salvar um pouco por dia e o melhor que enquanto insistimos nisso vamos salvando outros também =)
Beijos e obrigado mesmo a vida, sucesso!
Talita!!
Quiséramos ter a palavra certa...
Afinal que palavra seria esta?
A poesia nos liberta!!!
Bela estréia!! Parabéns!!
Isto me lembra uma entrevista de Neruda por Clarice, em que o primeiro dizia, em resposta à pergunta, qual o seu melhor poema: o próximo!
Brindar um belo [e metalingüístico] poema só com outro [inda que por vezes nem tão belo] mas similar na idéia e na proposta...
ATHENE NOCTUA
Ah, poesia, linguagem caprichosa!
Do bom-ócio grego, o farto ventre
Dúbia e faceira, mansa e chorosa
Qual se nos achega quase sempre
Em sua dança geniosa não se curva
E se ao bel sabor o sentimento turva
Mal se presta a falar o que só pode
Cantar o coração em cifrado códice
Suas belas asas não deixa vergar
A quem só dela foge, se a pretende
Esforço vão, a vil noção conceituar
E em seus profundos olhos tende
Se co'a Filosofia alça vôo acúleo
A desbravar o horizonte cerúleo
Francisco de Sousa Vieira Filho
Fonte: VIEIRA FILHO, Francisco de Sousa. Lira Antiga Bardo Triste. Teresina - PI: Gráfica e Editoria O Dia, 2009. v. 500. p. 14.
Você me encanta, Talita.
De incompletude ou aconchego que transborda, é sempre bom fazer morada na tua escrita.
Palavras minhas para palavras tuas:
"Brindemos com palavras que não testemunham senão, nossa incompletude. Denunciemos nossa falta soprando versos ao mundo.
(...) Poesia é desejo, entrelinha é objeto. Foge, escapa."
Um beijo, querida!
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