Múltiplos cais

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Anagrama, 1973 - João Vieira




Soube-te,
desde o primeiro olhar, oceano:
alumbramento,
perdição.

Sim, soube-te!
boca, tato, narinas,
múltiplos cais.

Duo, ouvidos,
referência em signos.
Lunáticos sentidos,
mananciais.

Eu, bicho do asfalto,
quedei-me, esquisito,
entre flores e atos,

estrelas, afins.
Refiz o caminho,
anagramas per versos,
aceso estopim.



Lou Vilela in Nudez Poética


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18 comentários:

nydia bonetti disse...

"Meninas" deste blog - a poesia de vocês sempre me co_move.

Feliz 2010 a todas!

beijos.

Lara Amaral disse...

Lindo poema de sentidos!

=)

Unknown disse...

Lou!!!!!

Quanta inspiração! Deve ser porque você está aí, em Recife !

Maravilhoso poema!@


Parabens!

Beijos

Mirse

BAR DO BARDO disse...

Bastante bom.

Parabéns, Lou!

Lou Vilela disse...

Nydia,

A recpiproca também ocorre. ;)

Beijos

Lou Vilela disse...

Lara,

Agradeço pela leitura/atenção.

Beijos

Lou Vilela disse...

Mirse,

Não só Recife... o Brasil possui diversas maravilhas, não é mesmo?

Beijos

Lou Vilela disse...

Obrigada, Henrique! Seu olhar é analítico e o feedback me deixa lisonjeada.

Beijos

Úrsula Avner disse...

Oi Lou,

Belo poema, um dos mais lindos que já li de sua autoria... Bj e feliz 2010 !

Madalena disse...

oh :)

beijinho e ÓPTIMO ano :)) *

Adriana Riess Karnal disse...

Lou,
que lindo!!!
feliz amno novo pra ti.

Hercília Fernandes disse...

Belíssimo, Lou.

Versos que expressam poeticamente os sentimentos do outro, expondo-lhe a alma.

Parabéns, linda composição!

Beijos :)
H.F.

Lou Vilela disse...

Oi, Úrsula...

Alegra-me que tenha apreciado.

Feliz tudo procê, minha querida.

Bjs

Lou Vilela disse...

Beijos pra ti também, Madalena!

Agradecemos pela visita e desejamos-lhe um Feliz 2010!

Lou Vilela disse...

Dri Karnal,

Senti a sua falta. Feliz que tenha voltado. ;)


Um 2010 recheado de coisas boas pra ti!

Bjão

Lou Vilela disse...

Obrigada, Hercília!

Um grande abraço!

Marjorie disse...

Soube-te, assim que vi, um poema súbito!

Lou Vilela disse...

Para você, Marjorie, em agradecimento à visita e ao gentil comentário:

O Eterno Espanto
(Mário Quintana)

Que haverá com a lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez?


Abraços