até que a morte nos separe

imagem do filme Tarzan ( 1930), retirada da internet



maior que medo de doença
é que nesta farsa ensaiada
meu papel de improviso
( haja caco!)
não convença

um dia acordo com a macaca
dou uma banana pro mundo
vou catar coquinho
chutar o pau da barraca
recolher os cacos

e igual ao ( seu) peru
morrer de véspera

.

8 comentários:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Sofro desse mal de morrer como peru, sofrer por antecedência, mas, muitas horas gostaria de chutar esse pau da barraca.
bjs e ótimo post, achei a foto fantástica.

Unknown disse...

Maria Paula!

Preciso dessa coragem. Não a do Tarzan, mas a dos seus versos. Dar uma banana para o mundo e chutar o pau da barraca. Sem nem recolher os cacos.

Tem horas que é só nisso que penso.

Belo post!

Beijos

Mirze

Úrsula Avner disse...

Oi Maria Paula,

admiro seu estilo irreverente de poetizar e jogar com as palavras... Muito bom ! Bj,

Úrsula

Juan Moravagine Carneiro disse...

Me fez lembrar Rimbaud...Chico Buarque...

vc sempre nos encanta com suas danças em forma de poemas...

abraço e agradecido pelas visitas ao Rembrandt

Renata de Aragão Lopes disse...

Maria Paula,

por acompanhar sua produção literária há algum tempo, já conhecia e adorava este poema!

Um prazer relê-lo!

Beijo,
doce de lira

leila saads disse...

Ficou ótima essa. Tão despretensiosa - e ácida.

:*

Lou Vilela disse...

Muito bom reler teu texto!

Beijos

Hercília Fernandes disse...

rsrsrsrs...

Adoro este poema, Maria Paula.
Bom humor pontuando fatos corriqueiros, porém reais...

Ótima postagem!

Beijos,
H.F.