Cândida prece


À Mirse Souza





Vagava em névoas quando uma voz, ao longe, ecoou.

Envolvendo-a.

Havia horas de angústia: trilhos, pranto, desespero, horror...

Culpava-se.

Perdera o único filho na estação do metrô. Desgarra-se.

Ninguém o viu. Ninguém mais o sabia...

Sua vista escurece.

Ao longe, uma voz, cândida em sua prece, lhe conduz:

“caminhe à luz”... “siga à luz”...

Cai em sono profundo.

É amparada nos braços do filho que, do outro lado, sabia a esperança.




*Texto composto com base em simbolismos experienciados, ontem à tarde, durante “sono”.

**Imagem extraída do Google sem indicação de autoria.


7 comentários:

Lou Vilela disse...

Bela e comovente homenagem, minha cara! A Mirse merece!

Beijos às duas,
Lou

Unknown disse...

Hercília!

Obrigada, amiga querida! Fiquei muito emocionada. Ao mesmo tempo tomarei esta prece para mim.

Quem dera assim tivesse sido.

Beijos

Mirse

Hercília Fernandes disse...

Lou,

feliz que tenha gostado.
Vivi ontem essa experiência em sonho [dormido] e quando compus o texto, me veio, de imediato, a vontade de ofertá-lo à Mirse.

Mirse,

me alegra que tenha apreciado, a dedicatória é de coração. Mas confesso que tava com receio... pois você é mestra em simbolismos espiritualistas.

Um forte abraço às duas,
H.F.

Anônimo disse...

Emocionante... Imagino o rostinho da querida Mirse ao lê-lo.

Beijo.

Úrsula Avner disse...

Oi Hercília,

uma linda homenagem poética e ao mesmo tempo envolvente, tocante que tem muitos elementos encontrados nas composições da Mirse... Certamente ela se emocionou. Bj para as duas,

Úrsula

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Linda homenagem, fiquei emocionada com a realidade do texto!
bjs

Hercília Fernandes disse...

Obrigada, Meus Queridos.
Bom receber as impressões de leitura e, especialmente, o carinho de vocês.

Um forte abraço em todos e todas,
H.F.