hommo erectus

Mulata em rua vermeha, Di Cavalcanti. clique na imagem pra seguir rodando...



- és mulata? inquiria o europeu
entre olhos a brilhar e o queixo caiado.

e como não bastasse o beiço, carnadura lascíva;
os cabelos, carapinha em exuberância,
pôs-se a moça, largos dentes a umbigar.

- ai, que me enganaste! és preta pura, pai do céu!

e quedou-se a lundar, pecar equador abaixo...

5 comentários:

Úrsula Avner disse...

Oi Nina,

bela descrição poética da miscigenação, de aspectos da cultura e da mulher afro-brasileira. Muito bonito o poema ! Bj.

BAR DO BARDO disse...

hormônios & alegria

gostei

Adriana Godoy disse...

Adorei...típico da Ninuska e muito bem feito! beijo.

Hercília Fernandes disse...

Maravilha de prosa em verso, Nina.

Cultura, sensualidade, humor, ludismo... seu post traz uma bela mistura de formas e tons. E a tela do Di Cavalcante é magnífica, completa a belezura do quadro.

Parabéns, minha querida. Amei!

Beijos :)
H.F.

Hercília Fernandes disse...

Nina,

a Clara Bianca disse...

"Essa mulatice encantadora é anca pra toda vida, nos faz sempre mais fortes.Belo poema, encantada.
beijo de po de quilombro"


(ver no post anterior).