- és mulata? inquiria o europeu
entre olhos a brilhar e o queixo caiado.
entre olhos a brilhar e o queixo caiado.
e como não bastasse o beiço, carnadura lascíva;
os cabelos, carapinha em exuberância,
pôs-se a moça, largos dentes a umbigar.
os cabelos, carapinha em exuberância,
pôs-se a moça, largos dentes a umbigar.
- ai, que me enganaste! és preta pura, pai do céu!
e quedou-se a lundar, pecar equador abaixo...
5 comentários:
Oi Nina,
bela descrição poética da miscigenação, de aspectos da cultura e da mulher afro-brasileira. Muito bonito o poema ! Bj.
hormônios & alegria
gostei
Adorei...típico da Ninuska e muito bem feito! beijo.
Maravilha de prosa em verso, Nina.
Cultura, sensualidade, humor, ludismo... seu post traz uma bela mistura de formas e tons. E a tela do Di Cavalcante é magnífica, completa a belezura do quadro.
Parabéns, minha querida. Amei!
Beijos :)
H.F.
Nina,
a Clara Bianca disse...
"Essa mulatice encantadora é anca pra toda vida, nos faz sempre mais fortes.Belo poema, encantada.
beijo de po de quilombro"
(ver no post anterior).
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