arte de Vanessa Azevedo
Manifesto: o que não precisamos
Fernando Cisco Zappa
não precisamos de bandidos
não precisamos de guerras
não precisamos de ódio
não precisamos de metalúrgicos
não precisamos de pedagogos
não precisamos de sociólogos
não precisamos de faustão nem sílvios nem santos
não precisamos ficar parados diante da tv contando o tempo para o fim
não precisamos mais dizer que isso é assim sempre assim e será assim
não precisamos ficar repetindo sempre repetindo as mesmas e mesmíssimas palavras
o planeta não precisa dos humanos
não somos nada precisos
temos tudo isso e o desperdício
amor é amor
estamos perto do fim
*leia in te gral mente o texto em:
Cisco Zappa: nas ciclovias insurgentes e brincriativas.
4 comentários:
Fernando, parabenizo - oPelo belo manifesto.
Na realidade só precidsamos mesmo é de muita PAZ.
Corretíssimo!
Beijos
Mirse
Mirse,
também amei o texto do Fernando, há muitas verdades expostas sobre a mesa.
Mas, aqui, como você deve ter percebido já que conhece esse poema insurgente do Cisco Zappa, o texto encontra-se decomposto. É um cartão-postal. O leitor deve se encaminhar ao espaço do autor para ler o texto in te gral mente.
Obrigada, minha amiga, por sua presença constante no Sim ples mente poesia.
Beijos :)
Maria Clara, na primeira leitura, apesar de já conhecer todo o belo poema do Fernando Cisco Zappa, recorrir ao exposto no rodapé da página.
Meu comentário foi suscinto, porque já o sei quase de memória.
Mas é bom que outros leitores não tão atentos façam o que fiz.
Grata!
Beijos
Mirse
O texto [insurgente] do Fernando é fantástico. Nos leva a refletir a condição do humano pós-modernidade.
Será que precisamos de tamanha especialidade para explicar a existência? Será que temos dado conta dos efeitos que a própria "sociedade do conhecimento" produz? Qual o lugar do humano nesse "caos ordenado"?...
O texto sugere uma série de reflexões.
Em síntese, não precisamos de quase nada... A lógica da produção apresenta uma finalidade muito além da vida humana, segue uma dinâmica própria que contribui para afastar o homem de sua integralidade.
É preciso que se pense sobre o assunto a fim de evitar automações, portanto polaridades.
Parabéns, Fernando. Os seus poemas insurgentes são sempre mananciais de conhecimento e múltiplas experiências com a própria vida.
Beijos em todos e todas que visitam o Simplesmente Poesia :)
H.F.
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