Postagem Simplesmente Poesia (4)


luz & cinzas
em
quando virou borboleta




ontem, embriagado,
queimei os meus poemas
[e no fogo
as metáforas fizeram-se belas
em luz e cinzas].
seria, pensei, libertar-me da âncora
das nossas memórias. ledo engano.
aqui estou agora resgatando-as.
para mim. exclusivamente para mim.
de você não sei sequer se vive,
além da que morreu
quando virou borboleta.


Fred Matos in: Anomalias (2002).


Para leitura integral do poema,
dirija-se ao Nas horas e horas e meias.


9 comentários:

Maria Clara disse...

Fred,

"quando virou borboleta" é um dos poemas que me tocou profundamente neste ano.

O fragmento que aqui destaco é um poema dentro do poema. Algo para sonhar, guardar, morar em nós.

A poesia tem dessas coisas, quando nos toca a alma se eterniza no longo corredor do tempo.

Parabéns por tão afortunada sensibilidade e riqueza estético-linguística.

Um abraço, poetíssimo!

Graça Pires disse...

Virou borboleta. Virou cinza colorida. Virou memória de palavras. Muito belo o poema do Fred.
Um beijo.

Úrsula Avner disse...

Oi Maria Clara, lindo poema deste talentoso escritor. Bela postagem ! Bjs.

Lou Vilela disse...

Bela indicação, minha cara! Já passei no blog do poeta para parabenizá-lo.

Abraços,
Lou

Hercília Fernandes disse...

Lou,

a poesia de Fred é, como diz a Nina, "tudos" de grande e bela.

Beijos em todos!

H.F.

Unknown disse...

Fred sempre arrasa!

Considero-o um dos melhores escritores atualmente.

Belíssimo poema!

Beijos

Mirse

Fred Matos disse...

Maria Clara, Graça, Úrsula, Lou, Hercília e Mirse,

Se a intenção era me comover, saibam que conseguiram.
Só posso mesmo agradecer tanta gentileza e carinho.

Beijos

Adriana Godoy disse...

Grande poeta, que beleza de poema!! Parabéns. Bj

Maria Clara disse...

Fred,

você é um grande poeta. Sua obra deve ser expandida em muitos e muitos espaços.

Graça, Úrsula, Adriana Godoy e poetisas colaboradoras do Simplesmente Poesia.

Muito obrigada pelas leituras e palavras expressas.

Beijos em todos!